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Espondilose cervical: o que é? Quais as causas? Existe prevenção?

Explicando alguns termos usados:

Coluna cervical: A coluna cervical localiza-se no pescoço entre a parte inferior do crânio e a superior do tronco no nível dos ombros. Ela é composta por sete vértebras cervicais unidas por ligamentos, músculos e por elementos que preenchem o espaço entre elas, os discos intervertebrais. No interior da coluna cervical está o canal vertebral por onde passa a medula espinhal, que comanda todos os nossos movimentos e sensações. Nesta região, a medula emite oito raízes nervosas que se ramificam para a cabeça, pescoço, membros superiores, ombros e parte anterossuperior do tórax.

Disco intervertebral: É um disco de cartilagem fibrosa presente entre os corpos das vértebras, nas articulações intervertebrais. São estruturas cartilaginosas que possuem o mesmo formato do corpo da vértebra. Ele é formado por um anel fibroso e um núcleo pulposo, o que garante a absorção de impactos e certa mobilidade entre as vértebras.

Osteófitos: Desenvolvimentos patológicos de tecido ósseo em torno de uma articulação, cuja cartilagem está alterada pela artrose.

Foramens: Mesmo que forâmenes. Aberturas, buracos, furos, covas. Na anatomia geral, são orifícios, aberturas ou perfurações através de um osso ou estrutura membranosa.

Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.

o que é espondilose cervical?

A espondilose cervical é constituída por alterações degenerativas inespecíficas da coluna cervical. Essas alterações podem ocorrer no corpo da vértebra, no disco intervertebral ou nas articulações entre as vértebras. Elas são, quase sempre, neoformações ósseas, chamadas de osteófitos (“bicos de papagaio”), que podem levar a estreitamento dos foramens neurais, e causar compressões das raízes nervosas periféricas que emergem da coluna cervical e seus correspondentes sintomas.

Quais são as causas da espondilose cervical?

As causas da espondilose ainda não foram completamente estabelecidas, mas sabe-se que seguramente a idade é o principal fator de risco. Com o avançar dos anos, os discos intervertebrais da região cervical perdem a elasticidade e diminuem sua resistência e altura, tornando-se mais vulneráveis a rupturas e degenerações. Secundariamente, ocorrem reações das vértebras adjacentes, levando à formação de osteófitos (calos ósseos popularmente chamados de “bicos de papagaio”). O conjunto desses fatos pode levar à redução dos foramens ou do canal vertebral e suas respectivas consequências.Existem diversas condições que sabidamente contribuem para a espondilose cervical: fatores genéticos, pequenos traumatismos, tabagismo, etc.

Quais são os sintomas da espondilose cervical?

A espondilose cervical geralmente afeta as três vértebras inferiores do pescoço. Nos estágios iniciais ela quase sempre é assintomática. Quando há sintomas, pode ocorrer dor cervical, dor referida na região occipital, retro-orbital, temporal, nos ombros ou nos braços, limitação dos movimentos dos braços e outras alterações neurológicas menores. Se houver herniação do disco intervertebral, os sintomas podem ser mais intensos e se desenvolverem de forma aguda. Neste caso, quase sempre ocorrem parestesias ou formigamentos ao longo da distribuição da raiz nervosa. Quando ocorre a compressão da medula (mielopatia) há perda progressiva dos movimentos dos membros, que normalmente se inicia por dificuldade para caminhar, com sensação de enrijecimento dos músculos dos membros inferiores e perda da capacidade de comandar as pernas.

Como o médico diagnostica a espondilose cervical?

As radiografias da coluna podem mostrar, além das alterações degenerativas, perda da lordose natural da coluna, entretanto, os achados radiológicos não se correlacionam linearmente com a sintomatologia clínica. Assim, há pacientes assintomáticos que portam grandes alterações radiológicas e outros que experimentam grandes sintomas com alterações radiológicas mínimas. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada complementam o diagnóstico. Através delas pode-se observar o estreitamento do canal vertebral, a presença de osteófitos, o eventual comprometimento do disco intervertebral e se há ou não a compressão das raízes nervosas. Em todos os casos deve ser feito um diagnóstico diferencial com outras dores cervicais, como lesões mecânicas da coluna, doenças inflamatórias, doenças metabólicas, infecções, neoplasias, etc.

Como o médico trata a espondilose cervical?

A fisioterapia é a principal forma de tratamento da espondilose cervical. Fora dela, o tratamento é basicamente sintomático, com analgésicos e anti-inflamatórios. A utilização de relaxantes musculares, antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos, opiáceos e medidas não medicamentosas (orientação postural, exercícios, alongamentos e aplicação de calor local) podem representar uma ajuda de caráter genérico, mas não têm sua utilidade demonstrada cientificamente. Trações mecânicas da coluna cervical e um colete que mantenha a coluna cervical alongada podem ser utilizados. Se houver mielopatia progressiva, o tratamento deve ser cirúrgico, com descompressão da medula.

Como prevenir a espondilose cervical?

  • Evitar traumas contra a cabeça, o pescoço e o ombro, sobretudo se repetitivos.

  • Evitar má postura ao dormir (usar travesseiro muito mole, deitar lendo ou assistindo TV, posicionar a cabeça apoiada no braço do sofá, etc.).

  • Evitar posições viciosas do pescoço, como pescoço muito fletido, torcicolos, encolhimento dos ombros em demasia, que levam à fadiga crônica e, posteriormente, à espondilose cervical.

Como evolui a espondilose cervical?

As medidas terapêuticas conservadoras conseguem reverter os sintomas na maioria dos casos.Nos casos resistentes ou em que há mielopatia progressiva, o tratamento cirúrgico pode ser impositivo.A existência ou não de dor não tem relação com a melhora neurológica

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